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Uma cruz a ser carregada no Natal

Às vezes me pego pensando como esta época de natal é cheia de paradoxos e contradições.


Ao mesmo tempo em que desejamos paz, nos vemos estressados nas correrias das agendas lotadas de confraternizações, amigos secretos e compromissos diversos.

Ao mesmo tempo que queremos olhar para a manjedoura e celebrar o nascimento do Salvador, também nos vemos correndo atrás de presentes e das listas de compras para a ceia de natal.


Já pensou como seria um natal sem presentes e sem uma refeição especial? Para muitos, quem sabe a maioria, seria um natal em branco, sem graça.


Em tempos onde o centro das atenções é a manjedoura, há uma cruz pesada sobre os ombros de muita gente, também nos meus. O natal, infelizmente, é vivido em um ritmo extremamente acelerado. E, até sem querer, acabamos entrando no ritmo desta dança frenética e estressante de correria, supermercados cheios e de filas nos caixas das lojas.

Mas é preciso ser assim. Infelizmente não há como ser diferente. É preciso carregar esta cruz que pesa nos ombros, por vezes estressante, mas jamais perder de vista o olhar para a manjedoura. Mesmo que seja um olhar cansado, mas Cristo precisa estar no centro.


Também fico pensando no paradoxo que existe entre aquela cena clássica da família reunida ao redor de uma mesa farta, casa decorada, luzes espalhadas pela sala, todos de roupas novas, e entre aquela cena de pessoas que não vão poder viver esta cena. Sim, há pessoas que não vivem o roteiro ideal de natal.


Você já parou para pensar na noite de natal dos funcionários de plantão dentro de um hospital, na noite de natal?

E os policiais militares, longes de seus filhos, de plantão na noite natalina?

E o pessoal que trabalha nos pedágios?

E os que trabalham nos restaurantes?

E os pastores de nossas igrejas?

E os filhos dos papais-noéis? Sim, aqueles velhinhos fakes que correm a noite de natal de casa em casa?


Mesmo no meio de tantos contrastes e até mesmo em meio aos estresses de natal, a consoladora mensagem cristã brilha. E sempre brilhará. “O menino será chamado de Emanuel, que quer dizer Deus Conosco”, diz o texto bíblico em Mateus 1.


O natal jamais passará em branco, seja para a família reunida feliz ao redor de uma gorda ceia natalina, seja para a família separada pelos compromissos da noite de natal.


O natal não fica em branco, seja para as crianças que abrem seus presentes caros, seja para as crianças que vão dormir com fome na noite de natal.


O natal existe, seja para os que abraçam e são abraçados, seja para os que cumprem a escala de trabalho no dia que ninguém gostaria de trabalhar.


O natal pode ser celebrado, seja para os que beijam, seja para os que choram olhando para uma foto.


Então fica a dica: Jesus garante um natal que não passa em branco. Ele é Deus presente em todos os cenários de natal. Ele foi morto e ressuscitado para ser nosso Salvador e nos garantir um natal sem fim no céu, sem correrias, sem estresses, sem decepções. O natal perfeito será no céu.


Pastor Bruno A. K. Serves

Candelária-RS

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